O homem só respeita aquilo que teme
Manaus (AM) – Há supermercados em Manaus (notadamente uma rede) que se aceitassem e cumprissem o desafio proposto no banner destacado no texto fechariam as portas em menos de 6 meses. Existem supermercados cujos açougues (que fedem mais do que matadouros) remarcam, sem controle ou fiscalização, as etiquetas de validade das carnes expostas em bandejas de isopor nas suas prateleiras, faça uma ideia do que são capazes de fazer diariamente com produtos não perecíveis. Só mesmo um supermercado que tem moral e é despojado de medos de processos judiciais, que trabalham direitinho e dentro dos padrões exigidos pelas leis correlatas, tem coragem de colocar um banner desses bem na entrada de suas unidades. Esse merece respeito e prestígio!
Os chamados órgãos de proteção e defesa do consumidor (a exemplo dos PROCONs) têm atuado, há anos, com uma austeridade pouco efetiva, com duvidoso rigor, com pilhérica punição e com fantasiosa aplicação de sanções. Essa prática é ‘cultural’! A verdade pouco contestável é que a ‘farra das remarcações’ de etiquetas continuará acontecendo, pois não há meios de fiscalizar de modo concreto o que os supermercados fazem atrás de suas ‘cortinas’ com os produtos vencidos, sobretudo os perecíveis. O Código de Defesa do Consumidor (CDC) é caquético e ‘tíbio’, portanto, nossas recomendações devem ser pelo menos ponderadas: cheire o produto, observe a sua aparência, textura e cor, desconfie, questione, denuncie! Exija respeito e ética social!
No abominável caso de você constatar que um produto alimentício está estragado ou com a validade vencida, mesmo sem ainda ter comprado, dentro do âmbito do supermercado, denuncie à Vigilância Sanitária local. Apesar de ela também ser uma Autarquia (que nem o PROCON) de fiscalização e aplicação de sanção aos comerciantes desonestos, é também de fraca atuação e punibilidade, porém, sem outras alternativas importantes, devemos denunciar sim, é necessário. Quanto aos ditos órgãos de vigilância e fiscalização, melhor um osso ratado do que uma pedra dura! Denuncie!
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Foto: Piero Calamandrei/CET | Texto: Anyella Bonavides/CET