Manaus (AM) – VIDEO | E nem tudo na Arte representa o júbilo prometido. É quando a alegria pretérita se amontoa às corrosões do abandono de agora. A ausência de ética folclórica faz saber que o que realmente importou, foi a verba de outrora, que se dissolveu na ferrugem do tempo, na devastação solar e na usura de alguns. A estruturas, anualmente, são carcomidas pelo tempo e pelo temporal angustiante do descaso e da ausência escandalosa de fiscalização. Estruturas – convém ressaltar – que serão reutilizadas em outras celebrações do Folclore, em breve. Elas estarão habitualmente puídas, apodrecidas e estragadas, mas servirão de apoio a vidas humanas que nelas subirão, cujo risco sempre será iminente, como se vê amiúde em festivais: tragédias e ruínas que silenciam as vozes plurais do povo e do Folclore. Aqui na Avenida do Samba, atrás do Sambódromo, ao lado dos galpões igualmente abandonados, jazem ferros retorcidos e metais sem vida, dando espaço a um cemitério de dinheiro público, cujo usufruto é costumeiramente mais lacônico do que o estrépito de um trovão. A Ética Folclórica também é um compromisso de todos nós! Por um lugar mais decente!